P. 201/05.5 TAPDL
2.º Juízo
Tribunal Judicial da Ribeira Grande
Ex.mo Procurador-Adjunto da República
JOAQUIM MARIA BOTELHO DE SOUSA CYMBRON, condenado no processo à margem,
VEM DIZER:
- O pudor obrigaria V. Ex.ª a pedir escusa de continuar a intervir nos presentes autos, por imposição do disposto no CPP art. 43.º, n.º 1, aplicável ex vi CPP art. 54.º, n.º 1.
- Isto é de tal forma claro e de tão elementar justiça que (imagine-se só!), até a M.ma Juíza, titular do Juízo onde V. Ex.ª presta funções, o fez.
- Além de falta de pudor, é perceptível uma total ausência de brio no comportamento de V. Ex.ª
- Com efeito, a 11DEC09, queixou-se V. Ex.ª do condenado, dando assim origem ao P. 494/09.9 TARGR.
- Este processo veio a ser apenso ao P. 474/09.4 TARGR, e ambos vieram a percorrer um trajecto lastimoso, recentemente descrito neste blogue.
- Aí, assumiu V. Ex.ª um papel altamente desonroso.
- Não dirá o condenado que V. Ex.ª saiu despropositamente de cena, porque esse episódio teve um objectivo bem definido.
- Deste modo, permitiu V. Ex.ª que o seu Ex.mo Colega, depois de falhada a tentativa de colocar os autos em Coimbra, e fechada a saída para o problema com a oposição do aqui condenado a uma desistência de queixa ad hoc, por parte da M.ma Juíza causadora de todo este bulício, que esse seu Colega, repita-se, descobrisse que não tinha havido crime contra a honra daquela magistrada, servindo-se para esta conclusão do texto que o condenado dirigira a V. Ex.ª
- Parece inventado, mas não é!
- Tudo o que aqui se diz vem minuciosa e escrupulosamente narrado, onde acima já se indicou.
- Vem agora V. Ex.ª, de férula em punho, promover que o condenado cumpra prisão subsidiária (fls. 761 dos autos).
- Passe os olhos sobre o que escrevi há um par de dias, e veja V. Ex.ª o caso que faço da prisão para onde entende que devo ir.
- Senhor Procurador! Est modus in rebus, já dizia o velho Horácio.
- Já que não dignifica o que institucionalmente representa, ao menos dê provas de inteligência.
- E fique sabendo que eu, quando quero ver um número divertido, vou ao circo!
Joaquim Maria Cymbron